quarta-feira, 19 de outubro de 2011

INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO

VAMO FAZER O QUE OS POLÍTICOS RECEBEM PRA FAZER E NÃO FAZEM! AJUDEM A MUDAR A LEI DE TRANSITO.

Quem duvidar pode procurar que até ANA MARIA BRAGA está empenhada nessa campanha.

Acabei de ler e assinar esta petição online:

«INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVA A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE»

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N15216

Pessoalmente concordo com esta petição e acho que também vais concordar.

Subscreve a petição aqui http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N15216 e divulga-a pelos teus contactos.

O link é esse: http://www.naofoiacidente.com.br/


Obrigado.

sábado, 2 de julho de 2011

RELATOS DE UM SER HUMANO DESESPERADO NA SOCIEDADE

            Cada dia que passa me preocupo mais como vai ser o futuro de nosso país, pois as pessoas não vêem mais os pequenos absurdos e o pior é que já estão começando a achar que o certo é fazê-los. Afinal se você é um bom observador e tiver um pouco de consciência e educação, vai entender o que falo.
            O estava viajando de ônibus e mais uma vez vi um seboso ter a capacidade de pegar seu lixo e jogá-lo pela janela, ou seja, o imbecil tem o trabalho abrir a janela pra jogar o lixo e o que é pior e que ainda vou perguntar a quem faz isso é: quem vai pegar o lixo que ele jogou no meio do mato, porque na cidade apesar de ser errado do mesmo jeito, pelo menos vem um gari a desfaz a cagada que esse nojento fez, mas no meio do mato que vai limpar...
            Outra vez estava na fila do cinema, que era infinita, depois de horas esperando quando eu já era o segundo vem um ser de outro mundo e me pede pra comprar o ingresso pra ele, prontamente lhe disse não, mas o cavalo ainda insistiu e me pediu “por favor”, da próxima vez que um ser invertebrado desses vier fazer isso novamente, vou dizer a ele que se ele pedir a cada um da fila e todos aceitarem que eu compre o ingresso desse (    ) ai eu penso em falar com ele.
            Eu juro que não sei se é minha paciência que está acabando ou se são as pessoas que estou piorando. Tenho uma leve impressão de que é a segunda opção, pois já faz muito tempo que não vejo mais os filhos respeitando os pais, alguém mais novo cedendo sua poltrona em um ônibus, ou abrirem uma porta para outra pessoa e coisas desse tipo, e o pior que os que fazem gentilezas, hoje são mal vistos pela maioria da população.
            Vamos ver onde isso vai parar.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DEPOIMENTO DE UMA EX-DROGADA



            Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de “experimenta, depois, quando você quiser, é só parar...” e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, “da terra”, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do “Chitãozinho e Xororó” e em seguida um do “Leandro e Leonardo”. Achei legal, coisa bem brasileira, mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de “Amigo” e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: – Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo!
            Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... “Banda Eva”, “Cheiro de Amor”, “Netinho”, etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: “É o Tchan”, “Companhia do Pagode”, “Asa de Águia” e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu “amigo” me deu o que eu queria, um CD do “Harmonia do Samba”. Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir.
            Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais...
            Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao Show de encontro dos grupos “Karametade” e “Só pra Contrariar”, e até comprei a Caras que tinha o “Rodriguinho” na capa. Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo.
            Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode.
            Enquanto vários outros viciados cantavam uma “música” que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorríamos e fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas Lojas Americanas e pedi a coletânea “As Melhores do Molejão”. Foi terrível!!! Eu já não pensava mais!!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas “miseráveis” e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir! Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar: “Popozudas”, “Bondes”, “Tigrões”, “Motinhas” e “Tapinhas”. Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saía a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos.
            Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, muita MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach como medida extrema, isto asseguraria minha total recuperação.
            Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: não ligue a TV no Domingo a tarde; não escute nada que venha de Goiânia ou do Interiro de São Paulo; não entre em carros com adesivos “Fui”, “Chique no último”, “É nóis na fita”... se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe; ou se apareceu no Sabadão do Gugu; mulheres gritando histericamente são outro indício; não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados; não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas principalmente, duvide de tudo e de todos.
            A vida é bela! Eu sei que você consegue. Diga não às drogas!

            Este relato é de uma viciada arrependida que não quis se identificar.